13 de dezembro de 2007 ESPANHA

O compromisso das províncias com as vocações

O trabalho do dia 7 de dezembro foi centrado sobre o compromisso das províncias com as vocações. Como poderemos avançar, mais e melhor, na promoção das vocações?
O Ir. Seán introduziu os trabalhos com uma reflexão sobre o ?compromisso com a pastoral vocacional?, desenvolvendo duas idéias: a primeira, em torno da natureza da crise com a qual nos defrontamos. Considera vital reforçar a identidade marista para que seja significativa e credível aos jovens. A vitalidade depende da clareza da identidade. Um dos problemas do Instituto, hoje, é a identidade. Muitos a definem em função do que fazemos e de quantos somos. Por isso, durante muitos anos, utilizamos números para afirmar a vitalidade. Um indicador da vitalidade era o desejo de superar a meta dos 10.000 membros. Um leigo diria então: que coisa posso eu fazer e que não possa ser feito por um Irmão? Mas, a identidade não tem a ver com o que fazemos, mas com o que somos, na Igreja de hoje. O papel do religioso consiste em ser a memória viva do que deve ser a Igreja. Os anacoretas não foram para o deserto para fazer apostolado, mas para recordar a essência da Igreja. Champagnat não fundou um exército de catequistas, mas fundou-nos para lembrar à Igreja a necessidade da catequese. A vitalidade de uma instituição religiosa fundamenta-se na fidelidade à identidade, sendo memória viva da Igreja.

A segunda idéia girava em torno dos perigos que acompanham a crise que vivemos, e das oportunidades que ela oferece. O Ir. Seán terminou lançando um desafio e proferindo palavras de ânimo. É preciso acreditar em nossa vocação. ?Tenho uma grande esperança na Europa, porque considero a vida marista, em todo o continente?. Convidou a todos os Conselhos provinciais a fazerem planos que desafiem a todos os Irmãos, e que constituam motivo para trabalharem juntos, em escala regional.

Reunião de trabalho dos Conselhos provinciais

Com essa motivação, foi dado um tempo pessoal para refletir sobre as colocações. Em seguida, os participantes partilharam suas reações, em pequenos grupos, tentando responder à pergunta: Como podemos avançar mais e melhor, em nível provincial?

Cada Província deu sua resposta, pensando no que já se realiza, no que é preciso mudar ou nas linhas de ação que devem ser priorizadas. Eis algumas contribuições oriundas dos grupos: Olha-se bastante para os irmãos e sua vida comunitária: os irmãos rezam continuamente pelas vocações. É preciso aumentar o interesse pelas vocações, entre irmãos e leigos. Precisamos aprofundar o sentido da vocação e descobrir a alegria de ser irmãos. Talvez seja oportuno analisar a distribuição dos Irmãos e as várias obras, a fim de priorizar algumas presenças, em função dos jovens. É uma situação um tanto parecida com a solidariedade que, em determinada época, era realizada nos tempos livres, e agora, passou a constituir uma presença estruturada.

Há outras sugestões para fomentar a cultura das vocações, mantendo os princípios e os objetivos que cada Província se propôs. Destaca-se a necessidade de cuidar da liderança, de modo que os Irmãos ? com carisma e habilidade para contactar os jovens – fiquem menos retidos na administração. É importante priorizar a área pastoral.
Sugeriu-se o acréscimo, à formação permanente dos irmãos, de um capítulo dedicado à pastoral vocacional. Outra iniciativa lembrada foi a de dar a cada comunidade um envio à missão, insistindo em três coisas: o testemunho dos Irmãos como consagrados, a pastoral vocacional e a missão pastoral. Insistiu-se também na importância da comunidade como agente de pastoral vocacional. Os projetos de vida comunitária contemplem a visibilidade da vocação específica do irmão. Nutra-se a consciência da importância da comunidade, hoje, dentro do colégio. Acompanhem-se as comunidades recém-criadas para ajudá-las a viver a essência da consagração. Foi lembrada também a importância dos irmãos superiores e animadores de comunidade.

Outro eixe é constituído pelos candidatos: Reforçar a formação e o acompanhamento dos candidatos, propiciar preparo aos irmãos para o acompanhamento de jovens; fazer-nos presentes na caminhada do crescimento na fé, através da espiritualidade marista. Introduzir o tema vocacional no voluntariado social. Prever tempo e pessoas, em cada lugar, para o acompanhamento vocacional. Animar as comunidades de acolhida para serem espaço de promoção vocacional. Garantir a continuidade da pastoral vocacional, na Província. É importante prosseguir com a pastoral de juventude e, nela, dar atenção ao despertar vocacional dos jovens. Proporcionar o conhecimento de Maria e de Marcelino com os recursos disponíveis. Investir numa maior presença de irmãos e leigos, entre os jovens.

Observou-se que a web provincial pode ser um excelente meio para dar a conhecer a realidade marista e, por isso, é oportuno investir em pessoas que possam fazê-lo.

Quando falamos de pastoral vocacional é preciso sublinhar a missão. Por isso, mais uma vez, a insistência sobre o preparo de pessoas e de meios para o acompanhamento pessoal dos jovens. Capacitar leigos para serem agentes vocacionais, pelo menos na etapa inicial. Repensar a pastoral das escolas. Uma Província se propõe de realizar, em setembro de 2008, uma Assembléia provincial dedicada à questão vocacional, incluindo irmãos e leigos. Outros sugerem retiros, no mesmo sentido. É preciso encorajar a proposta vocacional explícita aos jovens: ?Já pensou em ser marista?? Promover encontros com jovens para dialogar e escutar, em torno da percepção que eles têm dos irmãos.

Todas essas inquietudes foram levadas para a Eucaristia, que coroou os trabalhos do dia.


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