24 de novembro de 2010 FRANçA

Peregrinação ao Coração

De volta ao ônibus, pela primeira vez descendo a colina,através do campo e floresta, tão negra e tão alta.St. Sauveur en Rue e Bourg Argental,águas que do passado escorrem em moinhos e oficinas.Aqueles nomes do passado, primeiros irmãos, ensinamos companheiros todos irmanados, que logo chegamdas paróquias e escolas, das oficinas e comércio são vindos.Os tempos são difíceis. Trabalham mesmo caindo.Exaustos sem descanso, na doença, resistentes.Às crianças, esperança, pois o futuro resplandece!Os Irmãos brilham como luz que aqueceem vales fundos, de fábricas e moinhos potentes.Os Irmãos se preocupam. É tão doente Jean Baptiste.Ao Padre, um pedido, para que venha naquela hora.Paróquia, noviços, escola, ele os deixa sem demora.De compaixão pleno, o homem forte não resiste.De La Valla ao cume Bessat do vale,duas horas de caminhada, ou minutos em condução.Com Stan, do alto, eles mergulham por entre o verde,em ziguezague à esquerda, em ziguezague à direita.Afastam de lado o mato, e cada um se olha à espreita.O caminho é difícil. Lá em baixo estão suas mentes.Apesar do cansaço, a meta nenhum deles perde.No vilarejo poderão ver o seu doente.Quando passam a porta, que surpresa,encontram bebidas quentes e acolhida sobre a mesa.Revigorado com as presenças, Baptiste deixa saira cada um poucas palavras, pois é hora de partir.?Não, Padre, por favor, passem conosco a noite?, lhes diz.?Está escuro e o dia já vimos partir.?Estanislau fica em dúvida, mas Champagnat fica feliz.?será uma aventura. Fiquemos a nos divertir!?Então, no meio da noite, sobem o vale e vão.Brincam quando a neve inicia a forrar o chão.O dia escurece e fazem como sentem.O frio cala fundo e aos ossos vão sem demora.Deitam-se e escorregam no sono. Stan já ronca na hora.Ainda que a fome aperte, o cansaço deixa que os sonhos inventem.À direita ou à esquerda, o caminho logo saberão.A neve caiu pesada, a estrada escondida, não há quem a sinta.A noite cai profunda, de sua cor negra tudo pinta.Nenhum som, nem sinal que um gemido produz,Algo que no escuro lhes dê alguma luz.Caminham para o fim, lhes parece. Estanislau anda e cai.?Lembrai-vos de nós, Boa Mãe, ajudai.?Como nunca, Champagnat faz sua prece.Só com ajuda do céu a vida prevalece. Eu me sento no ônibusconfortável em minha poltronafixo o olhar através do vidro.As árvores estão todas bronzeadas,as folhas estão amarelando.Todas estão caindo.O mês é de novembro.O verão já se foi há muito.É difícil lembrar.O que tudo isso quer dizer?A estrada está subindo.O motor está gemendo,momento a ser retido.O vale está girando.O vale está virando.A janela está embaçando.Estou dentro do ônibusconfortável em minha poltronafixo o olhar através do vidro.O que a vida quer dizer?Champagnat está lá fora,E Estanislau também.Há morte no ar.No fundo do valeseu amigo perde consciênciaele tenta encorajar.Eles estão perdidos na neve,completamente exaustos,cinco horas muito ocupados.O que tudo isso quer dizer?Quando voltamos ao ônibusnós irmãos fazemos silêncioenquanto nos aproximamos do topo.Estamos no altoem apenas vinte minutossem nunca pararmos.Tem a ver com a escolha da vida!Não olhamos o relógiomas o rio brincaatravés das corredeiras e rochas.Nosso Padre e amigoestá no fundo deste vale.Nós lhe estendemos a mão.Escolha a vida! Escolha a vida!Nossos corações estão partidosno profundo dentro nós.Ao fazer esta peregrinaçãovocê nos escutará todos dizendo:Escolha a vida! Escolha a vida!______________Ir. Julian Harrison

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