4 de outubro de 2023 PORTUGAL

Recordando a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa

O Ir. José Luís Carvalho, da Província de Compostela, partilha connosco a experiência que viveu no stand Marista da Feira Vocacional da Jornada Mundial da Juventude, que decorreu em Lisboa, Portugal, de 1 a 6 de agosto deste ano. A Feira Vocacional foi uma oportunidade para promover a vocação marista. Na mesma ocasião, foi também lançada uma proposta de promoção vocacional marista através do perfil do Instagram @hermano.marista


Stand Marista na Feira Vocacional: um espaço de encontro e festa

O desafio de preparar aquele que viria a ser o Stand Marista na Feira Vocacional da JMJ de Lisboa permitiu-nos testemunhar o milagre de como um espaço assético, limitado por três paredes brancas pré-fabricadas, se tornou num espaço tão rico em Encontro (sim, isso mesmo, com letra maiúscula!).

Rapidamente, com a colaboração de muitas mãos e corações, as paredes brancas e o espaço vazio dos stands cobriu-se com posters, representações dos fundadores maristas, violetas, jogos e, sobretudo, abraços, música e sorrisos.

Penso que a primeira experiência de qualquer marista que se aproximou da Feira Vocacional instalada nos jardins Vasco da Gama e, no meio das suas ruas constantemente povoadas por jovens e religiosos de todos os cantos do mundo, se deparou com a enorme faixa que testemunhava “VALE A PENA SER MARISTA HOJE” foi sentir-se identificado. O sentimento de que entre a enorme variedade e riqueza de pessoas que confluíram naquelas ruas nos primeiros dias de agosto, os Maristas “apesar de sermos imperfeitos, também somos Igreja” (Kairoi, 2010).

Foi uma experiência bidirecional.  Por um lado, a enorme riqueza de saber que temos nosso próprio carisma, nossas próprias referências e história, mas que pertencemos a algo que vai muito além do mundo marista, que fazemos parte daqueles que tentam tornar vivo, atual e presente o sonho de Jesus: um mundo de irmãos e irmãs. Somos parte da Igreja. Por outro lado, dentro da pertença à Igreja Universal, experimentamos que existe um lugar onde somos conhecidos pelo nome, uma mesa onde somos esperados, uma casa onde as relações são de tu a tu. De alguma forma, no meio da multidão, em todas as ruas e praças de Lisboa, o stand tornou-se um ponto de encontro Marista.

Se significou tudo isto para os que já somos maristas, penso que a banca Marista também marcou muitos jovens que até então não conheciam esta família religiosa. Aqueles que passearam pela feira vocacional, encontraram no último stand da Rua Toronto 2002 uma animação que não deixou ninguém indiferente. O Stand Marista não era o mais elaborado, o mais bonito e muito menos o mais organizado, mas chamava a atenção pelo bulício de Vida que estava presente em quase todas as horas do dia. Era difícil visitar o stand sem se cruzar com alguém a dançar, a tocar, a conversar, a cantar, a tirar uma fotografia ou a abraçar. Pareceu-me significativo um comentário que ouvi ao passar por duas freiras. Uma delas disse à outra, que se pôs em bicos de pés para poder ver: “Quem está a propor todas estas brincadeiras? Ah, os maristas, é claro! 

Além disso, também os que estivemos envolvidos na dinamização do stand vivemos uma experiência especial. O título “Família Marista” que encabeçou o stand, provou não ser em vão. A cada turno convergiram no stand religiosos e jovens das quatro ramas maristas. Muitos de nós experimentamos que, ao mesmo tempo em que dávamos a conhecer a Família Marista aos visitantes, também nós próprios a conhecíamos, ao estarmos lado a lado com uma irmã, um padre marista ou um jovem de qualquer uma das quatro congregações desta família. Penso que os quatro fundadores, representados juntos num autocarro que serviu de photocall e passou pelas mãos de centenas de jovens, estariam muito orgulhosos por verem que o sonho que começou em Fourvière em 1816 continua bem vivo em Lisboa 2023.

Muitas outras nuances poderiam ser acrescentadas a esta descrição do encontro, como a internacionalidade (a certa altura, a bandeira de Samoa ondeava no stand, enquanto se dançavam danças africanas e se comunicava nas mais diferentes línguas) ou a intergeracionalidade.

Algumas semanas depois de toda esta experiência, fica a enorme gratidão por tudo o que vivemos e a certeza de que todos estes encontros ajudaram cada um de nós a reencontrarmo-nos, a celebrar, a agradecer e a mimar a nossa própria vocação.

Faz-nos, Senhor, caminhar pela vida com a leveza, a esperança, a alegria e a abertura vividas nestes dias!

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Ir. José Luís Carvalho – Província de Compostela

Veja o reels sobre o stand marista na Feira Vocacional da JMJ 2023.

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