10 de novembro de 2008 MéXICO

Um encontro que nutre novas esperanças

O Ir. Superior geral e seu Conselho convocaram os Conselhos das Províncias do Arco Norte para um encontro, em Guadalajara, entre os dias 5 a 9 de novembro de 2008. O lugar da reunião é a ?Quinta San José?, casa destinada a exercícios espirituais, no bairro de ?Las Pintas de Arriba?, no município de El Salto (Jalisco)

Esta reunião, pré-anunciada na Conferência geral, em Sri Lanka, em 2005, foi convocada após o término da segunda visita do Conselho geral à Região do Arco Norte. Reúne os Conselhos provinciais das Províncias do Canadá, Estados Unidos da América, México, América Central e Norandina, todas integrantes da denominada Região do Arco Norte.

Palavras de abertura do Ir. Seán

Após a saudação dos Irmãos provinciais do México Ocidental e Central, Victor e Fernando, respectivamente, o Ir. Seán Sammon, Superior geral, dirigiu sua saudação aos participantes, dando início aos trabalhos. Recordou o fato histórico de que, durante cinqüenta anos, se trabalhou intensamente na renovação do Instituto. Pouco a pouco, foi nascendo uma nova geração de irmãos, nascida depois do Concílio Vaticano II, aos quais cabe, agora, ser guias espirituais dos que vão construir o futuro. O Ir. Seán qualificou a reunião como um meio de formação continuada dos líderes: ?Trata-se de um fórum para pôr em comum as preocupações da liderança local com aquela da Administração geral?. Concluiu pedindo que Maria e Marcelino sejam companheiros de caminhada e fonte de criatividade para os novos líderes.

Em seguida, o Ir. Pedro Herreros, apresentando os objetivos do encontro, afirmou que os esforços desses dias se destinam a constituir a Região do Arco Norte. Lembrou quatro objetivos: 1. Avaliar globalmente as linhas de ação acordadas no Conselho geral ampliado de Maryknoll (2004) e de Guatemala (2005) e dar continuidade às visitas do Conselho geral. 2. Descobrir juntos a Região do Arco Norte, a partir das 6 Províncias que a integram. 3. Discernir sobre os chamados de Deus para construir o futuro dessa Região, garantindo os próximos passos para assegurar sua vitalidade. 4. Refletir juntos, à luz da experiência da atual Administração geral, sobre possíveis estruturas de animação e de governo, em nível geral e regional, com vistas ao próximo Capítulo geral.

Expostos os objetivos, passou-se a motivar a avaliação global do caminho percorrido, enquanto Região, e para isso foi lembrada a história dessa região marista. Os primeiros passos foram dados com a Conferência Latino-americana de Provinciais (CLAP), nascida como instância de formação permanente para os provinciais. A CLAP estruturou-se em três regiões: Arco Norte, com 6 Províncias; Brasil, com 6 Províncias e o Cone Sul, com 4 Províncias e dois Distritos. Cada região organizou suas próprias estruturas. No 10º encontro, em Los Teques (Venezuela), em 2004, foi decidido formar a Conferência Interamericana de Provinciais (CIAP). O primeiro encontro, realizado em Sri Lanka, em 2005, por ocasião da Conferência geral, deu lugar à criação do novo Arco Norte, com a inclusão do Canadá e dos Estados Unidos.

Motivação da regionalização

O tema principal deste encontro é a regionalização, isto é, a colaboração entre as Províncias. O canto de nossa oração inicial repetia, em seu estribilho: ?Aqui estou Senhor!? Este detalhe serviu ao Ir. Peter Rodney para encaminhar a reflexão do primeiro estudo do encontro: ?Aqui estou também eu, como membro da Região. Onde me encaixo? Qual é meu lugar na Região?? O esforço destes dias objetiva esclarecer o que significam e em que implicam as dinâmicas de regionalização. O Arco Norte é uma Região que de certo modo está iniciando. Pela primeira vez estão juntos os Conselhos provinciais das seis Províncias. É importante relembrar o caminho feito até chegar à situação atual. O Capítulo geral de 1993 definiu a regionalização como o processo mediante o qual as Unidades administrativas do Instituto se agrupam para facilitar a cooperação e a colaboração adequadas. Segundo o Capítulo, o propósito fundamental da regionalização consiste em articular o processo de participação e de ajuda, nascida no Instituto, para concretizar a noção de fraternidade internacional.

O XX Capítulo geral fez algumas recomendações a grupos de Províncias: 1. Que as Províncias de uma mesma área se unam para iniciar ou continuar algum projeto missionário ?ad gentes?. 2. Que grupos de Províncias, em contato com o Conselho geral, iniciem projetos de missão marista com estruturas próprias. 3. Seja facilitada a mobilidade dos irmãos de uma Província para outra, visando animar projetos de solidariedade, de evangelização e educação.

O Ir. Luis García Sobrado, animador desta sessão, partilhou uma série de critérios provenientes da reflexão do Conselho geral: 1. Fraternidade e espírito de família, o que em algum momento foi traduzido, em linguagem coloquial do Instituto, como ?solidariedade interna?. 2. Partilhar recursos, tanto de pessoas como de meios. Habitualmente, no Instituto se partilham com certa facilidade os recursos materiais; dispor de pessoas é mais difícil. 3. A internacionalidade: trata-se de situar-nos num mundo crescentemente internacional. Não podemos crescer num mundo assim, apenas com estruturas locais, como podem ser as estruturas econômicas ou de formação. Isso implica na mobilidade de irmãos e logo mais, de leigos. 4. A necessidade urgente de trabalhar em rede, dentro da própria Província e entre as Províncias. Precisamos de uma rede que articule a animação do Conselho geral com aquela das Províncias. E concluiu dizendo que ?a Região do Arco Norte é fruto de uma história, mas as respostas às necessidades da região estão em aberto?.

A partir desta motivação, começou o trabalho em grupos para responder a duas questões: Como esses quatro valores são significativos para nossa Província ou Região e que outros valores consideramos importantes para elas? Entre as reações partilhadas em plenário, foi dito: ?Em si, o sonho é muito bonito; mas, assim sendo, por que as duas Províncias do México não se uniram?? Outra preocupação manifestada é a de como dinamizar os numerosos irmãos anciãos das Províncias, numa perspectiva de regionalização?

Surgiu também esta inquietação: Qual é o motivo da regionalização? Entre outras, foram dadas as respostas seguintes: A regionalização está a serviço do seguimento de Jesus Cristo e da missão. Nas Províncias do Arco Norte, as riquezas foram repartidas de maneira muito diferente. Por exemplo, umas dispõem de boa organização educativa e outras, não; umas têm vocações e juventude e outras, não. Umas dispõem de boa economia e outras, não. Como partilhar a riqueza e apoiar-nos mutuamente? Isso seria central na regionalização. As dificuldades nascem da forte autonomia que têm as Províncias. Além disso, há projetos de Província, de Região ou de Instituto que não conseguem harmonizar-se e se sobrepõem, gerando conflitos.

Revisão dos acordos de Maryknoll e de Guatemala

De tarde, revisamos as linhas definidas nos encontros do Conselho geral com os Conselhos provinciais do Arco Norte, em Maryknoll (2004) e na Guatemala (2005). O trabalho foi realizado em grupos formados por Irmãos das diversas Províncias, respondendo a duas perguntas – a primeira, como avaliamos o caminho feito até agora? E ainda, o que nos ensina para o futuro esta avaliação de nossa caminhada, enquanto Região?

Pelas respostas dos diversos grupos, consideram-se muito positivos os passados dados, tais como a criação de uma nova comunidade marista internacional, no Canadá, os CIR, os encontros de jovens irmãos, os de pastoral juvenil e vocacional, as reuniões de formadores que iluminam e ampliam o horizonte. Também foram citadas, como positivas, as medidas tomadas para a formação inicial e continuada, a consciência de internacionalidade e o dinamismo que resulta dos encontros internacionais.

Torna-se necessário, para o futuro, criar estruturas capazes de coordenar a regionalização e de acompanhar os processos; aprender a harmonizar diversas iniciativas e estabelecer um calendário para as reuniões internacionais. Impõe-se a figura do um coordenador, um modo de conservar a memória histórica e de avaliar a execução dos acordos.

Assim foi concluído um primeiro e importante momento desta assembléia: um olhar pra o passado. Na mesma tarde, refletiu-se sobre a realidade das Províncias, mediante um documento que recolhe as estatísticas de cada Unidade administrativa da Região.

Participantes do encontroPhotos

USA: John Klein, John McDonnell, Michael Sheerin, Robert Clark, Hank Hammer, Patrick McNamara, Ben Consigli.

México Central: Fernando Mejía Pérez, Ricardo Reynoso Ramírez, Ignacio Sánchez Guillén, Miguel Ángel Espinosa Barrera, Javier Francisco Salcedo Camarena, Marco Antonio Soto Sánchez.

México Ocidental: Víctor Manuel Preciado Ramírez, Manuel Franco Jáuregui, Oscar Domínguez Rodríguez, Enrique Escobar Zúñiga, Luis Enrique Rodríguez Santana, Oscar Becerra García, Javier López Godina Barajas,

Canadá: Bernard Beaudin, Gaston Robert, Yvon Bédard, Jean-Denis Couture, Marius Fournier, Roger Guertin, Réal Sauvageau.

Norandina: Laurentino Albalá Medina, César Augusto Rojas Carvajal, Crescenciano González Alonso, Mariano Morante Montes, José Luis Sebastián Martinez, José Ignacio Rodríguez García.

América Central: Hipólito Pérez Gómez, Luis Carlos Gutiérez Blanco, Fernando Rodríguez Gómez, Marco Antonio Vargas Berganza, Carlos Rafael Vélez Cacho, José Roberto Linares Contreras.

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