Uma oportunidade para as crianças de La Pintana
No dia 3 de janeiro de 2011, segunda-feira, começou a ?Escola de Circo Macramé?. Trata-se de um espaço de caráter sócio-recreativo. Os promotores, além de promoverem o conhecimento da Convenção dos Direitos da Criança, desejam contribuir para o acesso a atividades recreativas e à participação significativa de crianças e jovens do setor ?El Castillo?, da cidade de La Pintana (Santiago do Chile).Os altos índices de violência e o aumento do tráfico de drogas que afetam esse setor (além da marginalização geográfica, econômica e social que, desde o início, atinge todos os seus habitantes) assustam fortemente as crianças e suas famílias. Muitos optaram por fechar-se em casa, ante a quase ausência de medidas locais e/ou governamentais. Nesse sentido, torna-se fundamental oferecer propostas atraentes e prolongadas que motivem os meninos e as meninas a brincarem fora de suas casas, junto com outras crianças, garantindo ao mesmo tempo espaços seguros e sadios para seu bem-estar e para a tranqüilidade dos pais.A Escola de Circo é um projeto organizado por uma comunidade de voluntários maristas que conta com o apoio da Fundação Marista para a Solidariedade Internacional (FMSI), com sede em Roma. Essa iniciativa procura garantir a existência de espaços de participação e de recreação, como parte dos direitos fundamentais a que tem direito toda criança. Por isso, durante o presente ano de 2011, crianças e jovens poderão participar de várias oficinas para o desenvolvimento da arte circense. Nessa atividade o esforço, o companheirismo e a constância são valores fundamentais para atingir os objetivos.Durante a primeira semana de janeiro foi realizado o lançamento. Nele participaram 150 crianças e jovens, durante 6 dias, das 9h às 18h. As oficinas práticas e várias exposições foram promovidas por uma companhia circense, com o objetivo de motivar os rapazes para o conhecimento das técnicas mais elementares e para dar os primeiros passos na aprendizagem das distintas disciplinas do mundo do picadeiro.Os seis animadores das oficinas ou exercícios práticos, acompanhados por outros 17 voluntários, realizaram uma ampla apresentação de exercícios, incluindo acrobacias ou malabarismos na altura (trapézio e rede), e no chão: arremeço de clavas ou bastões com fitas nas pontas, diabolôs (iô-iô chinês), pratos chineses e bandeiras, além de sessões de dança árabe, salto de corda bamba e pernas de pau.Os participantes, além dessas oficinas, tiveram a oportunidade de realizar diversas atividades recreativas e competições como brinquedos com água, passeios à piscina e atividades grupais em que partilharam suas opiniões, aprendendo na prática o alcance do exercício dos Direitos da Criança.