1 de julho: Aniversário da morte do Ir. Chris Mannion e do Ir. Joseph Rushigajiki
No dia primeiro de julho, lembramos o aniversário da morte do Ir. Chris Mannion e do Ir. Joseph Rushigajiki. Celebrar sua memória e mergulhar nossa mente no íntimo deles e no seu martírio é nosso dever fraternal e, ao mesmo tempo, eles podem tornar-se fonte de generosidade para nós.
O Ir. Chris Mannion era Conselheiro geral, havia alguns meses, quando em junho de 1994, recebeu do Ir. Benito a missão de dirigir-se ao Ruanda para tentar salvar os Irmãos de Save que eram ameaçados. Tinha 43 anos e era o membro mais jovem do Conselho. Encontrará a morte diante do noviciado e da escola de Save, onde se encontravam os Irmãos a socorrer. Como o Cristo, o salvador deu sua vida enquanto os Irmãos serão libertados.
O Ir. Joseph Rushigajiki ofereceu-se para acompanhar Chris nessa missão arriscada e estava ainda mais consciente do perigo, por ser do país. Expôs sua vida ao perigo, em favor dos Irmãos ruandeses e de seu superior, Chris Mannion. Tinha apenas 41 anos.
Assim se entrelaçam duas vidas ofertadas, a do Irmão que acolhe, no drama que vive seu país, e a do enviado por Roma, testemunha do interesse de toda a família marista pelos Irmãos do Ruanda.
Ir. Chris Mannion
Os pensamentos que seguem denotam a qualidade de alma do Ir. Chris Mannion.
«Estou cada vez mais convencido de que o que importa não é o número de anos da nossa vida, mas sim a paixão e o empenho com que a vivemos. Esta vida é um dom que temos que saborear e viver em plenitude, justamente porque terminará com a morte (com a MINHA MORTE), no dia em que menos penso…É no momento presente que devo viver esse dom da vida, sem preocupar-me com o que virá depois. Se ajo desse modo que sentido tem a Encarnação?» (Chris Mannion, 12 de Maio de 1994).
“Ontem, durante a meditação, num breve momento, e pela primeira vez, desde há muito tempo, tive a sensação da presença de Cristo, do Senhor, falando comigo, insistindo para ‘eu permanecer no seu amor e guardar os seus Mandamentos’. Eu sentia fortemente o desejo de responder ao apelo para conversão. Tenho necessidade e quero ficar mais perto de Cristo. Sem isso, esta vida não tem sentido e ela não é senão uma proteção estéril do mundo. Para viver a vida plenamente, Jesus deve estar no centro. Senão, por que ser FMS?” (6 de maio de 1994)
Ir. Joseph Rushigajiki
Não temos pensamentos do Ir. Joseph, mas no livro “Amaram até o fim”, sobre os mártires dos Grandes Lagos, os últimos parágrafos dizem:
“Ele, ainda mais do que Chris, estava consciente do perigo; era daquele país e sabia que o serviço de guia, que prestava ao Irmão Chris, estava cheio de riscos. Pôs a sua vida em jogo, para ajudar seu superior em missão e cuidar de salvar seus Irmãos Tutsi, ele que era Hutu. Aqui, a vida é verdadeiramente doada por seus Irmãos. José e Chris formam um todo, no dom, na audácia e na morte. É preciso acrescentar que, de manhã, o Irmão José tinha também arriscado salvar uma religiosa, ameaçada nas garras da morte, conduzindo-a para um lugar seguro. Apenas tinha terminado isso, voltou pelas quinze horas, com o Irmão Chris, para a sua aventura ditada pelo amor.”
A revista FMS -Mensagem, de outubro de 1994, p. 11, apresenta este testemunho:
“Muito prático e de notável capacidade de trabalho, o Ir. José sempre foi um coirmão serviçal. Solícito para com os fracos e os pequenos, um homem para missões difíceis”