10 de dezembro de 2022 CASA GERAL

10 de dezembro: Dia dos Direitos Humanos

Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esta data, 10 de dezembro, é comemorada todos os anos com conferências, eventos culturais e exposições organizadas ao redor do mundo para aumentar a conscientização sobre os direitos humanos.

Embora a Declaração Universal dos Direitos Humanos não faça referência à natureza espiritual da pessoa humana como base da dignidade humana, ela sustenta que todas as pessoas nascem com a mesma dignidade, independentemente de etnia, religião, gênero, língua, opinião política e origem nacional ou social. Enquanto a Igreja Católica sustenta que a imagem de Deus está à base da dignidade humana, ela também reconhece a Declaração Universal dos Direitos Humanos como um verdadeiro marco no caminho para o progresso moral da humanidade e exorta todos os governos a ratificá-la e a considerar sua promoção como uma vocação cristã.

Conflitos e guerras continuam a forçar as pessoas a fugir de seus países de origem e buscar refúgio em outros lugares onde muitas vezes elas se tornam alvos de traficantes. É realmente inacreditável que estas atrocidades continuem a ocorrer setenta e quatro anos após a declaração de direitos humanos pela ONU. É igualmente surpreendente que os direitos humanos não sejam respeitados hoje em dia quando quase todos concordam que os seres humanos têm igual dignidade inerente. Confiante de que as coisas possam mudar, em sua encíclica Laudato Si’ o Papa Francisco coloca maior ênfase na dignidade da pessoa humana, intensificando o cuidado da criação. Da mesma forma, convencidos de que a condição humana está mudando e de que a solidariedade internacional é indispensável para a paz e a harmonia no mundo, os especialistas em direitos humanos também apelam para um espírito de unidade entre indivíduos, nações e organizações de direitos civis para criar um ambiente favorável às liberdades fundamentais. Os especialistas acreditam que o desenvolvimento sustentável não pode ser alcançado se os países não acabarem com as desigualdades, não melhorarem a governança, não aceitarem as vozes da sociedade civil, não se preocuparem com o meio ambiente e não respeitarem as liberdades civis.

Como Maristas Champagnat, nosso envolvimento em atividades e defesa dos direitos humanos está em consonância com o apelo do XXII Capítulo Geral para sermos construtores de pontes. Este chamado nos convida a sermos vozes proféticas da dignidade e da igualdade fundamental de todo o povo de Deus, assim como agentes de mudança e mensageiros da paz, transformando a vida dos jovens através da educação integral. Desta forma, nosso compromisso com os direitos humanos é parte integrante das exigências do Evangelho.

Afirmando que os seres humanos são criados à imagem de Deus, a Igreja Católica enfatiza sua centralidade como “pessoas”, a serem tratados como protagonistas em toda a vida econômica, social, cultural e política. Portanto, a luta contra as estruturas sociais injustas está no centro da ação pastoral da Igreja. A partir desta perspectiva, a Igreja exorta os governos a defender e promover os direitos humanos, criando um ambiente social que ofereça aos cidadãos a possibilidade de exercer verdadeiramente seus direitos humanos e cumprir seus deveres correspondentes.


Ir. Francis Lukong – Secretariado de Solidariedade

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