13 de janeiro de 2010 CASA GERAL

Arquivo das atividades da Comissão

Com um final de corrida em grande sprint a Comissão de Vida Religiosa acaba de arquivar 1084 documentos. São documentos que dizem respeito às actividades da Comissão desde o ano 2000 até aos dias de hoje. Foi quase uma aventura recolher todos esses documentos, ainda que, alguns, só estejam a 10 anos de distância. E é fácil de formular um primeiro princípio: mais vale arquivar os documentos, tanto quanto possível, logo após o acontecimento ao qual dizem respeito. Evita-se perda de tempo mais tarde, procurando documentos importantes que, muitas vezes, nem aparecem.

Outro princípio, ao arquivar os documentos, é evitar dois extremos: o ?maximalismo? e o ?minimalismo?. Em termos simples, há os que querem arquivar quase tudo e há os que querem arquivar quase nada. Entre esses dois extremos está o ?meio-termo? onde aparece o bom senso e não necessariamente o subjectivismo da pessoa que arquiva. Dei-me com casos em que devia arquivar os elementos de algum curso de renovação: não consegui encontrar nem a lista dos participantes, nem qualquer carta aos provinciais respectivos ou aos participantes. Nestas circunstâncias torna-se muito difícil arquivar qualquer coisa de jeito. No outro extremo encontrei documentos de cursos que eram mais notas pessoais do que qualquer outra coisa. Com todo o respeito que tinha para com essas notas tive que deitá-las ao lixo, pois não respondiam com um mínimo de ?objectividade? aos conteúdos do curso. Seria também uma perda de tempo arquivar tais notas.

Uma dificuldade com que me deparei ao classificar mais de um milhar de documentos foi a falta de data e de autor do documento. Havia claramente documentos muito bons, que não podiam nem deviam ser deitados ao lixo, mas estavam como suspensos do ar: quem os escreveu, quando foram escritos? No sistema que a Congregação quer implementar em relação ao Archivum, o nome do autor não é absolutamente necessário, mas é muito útil tê-lo ao completar a informação sobre o documento que o programa nos pede. Mas a data é absolutamente obrigatória. Assim que me vi muitas vezes obrigado a dar datas mais ou menos aproximadas a documentos que não tinham data. O armazenamento no computador dava-me, por vezes, indicações úteis. Outras vezes, tinha que ir por minha sensibilidade, comparando-os com documentos do mesmo dossiê e que estavam datados. De todos os modos perder-se-ia muito menos tempo se a data (e o autor) já estivessem lá bem claramente.

Ao arquivar os documentos (não necessariamente só as decisões oficiais) creio que prestamos um serviço à Congregação, mantendo a memória do que foi e é a História viva da Congregação. Os historiadores ou simples estudantes que queiram fazer teses de estudo sobre momentos importantes da Congregação terão nos arquivos uma mina de informação que não se pode desprezar. São dados fornecidos em primeira mão.

Com os 1084 documentos da Comissão da Vida Religiosa os pesquisadores do futuro poderão encontrar respostas às suas perguntas. O mais importante destes 8 anos (2001-2009) está aí. Alguns dossiers estão muito bem documentados como o ano de espiritualidade, a experiência de formação conjunta com os Leigos, seminários de formação em África. Graças a Deus e aos ?arquivistas locais? pudemos guardar desses acontecimentos quase tudo que era essencial. Outros dossiers aparecerão mais pobres. Mas têm, igualmente, uma informação que pode ser muito útil para os nossos futuros pesquisadores.

Fica o apelo para que de todos os acontecimentos por onde navega a Congregação sejam conservados. E que se guardem, pelo menos, os documentos essenciais para um bom estudo posterior do acontecimento, evitando, como dizia, ?maximalismos? e ?minimalismos?.

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Teófilo Minga, fms
Roma, 10 de Janeiro de 2010

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