20 de setembro de 2014 QUêNIA

II Assembleia Internacional da Missão Marista

18 de setembro, Quinta-feira  – Vozes de Fogo

Todos os dias os participantes do II AIMM iniciam a reunião da manhã, com uma oração comum que o programa chama "Vozes do fogo." A reflexão da manhã deste dia foi uma narração de "Montanha Luminosa"; diz a mitologia que desta montanha derivou o nome de Quênia. Esta história diz que "se subimos a montanha com um coração limpo ela nos concede tudo o que lhe pedimos." Waku, uma menina muito bonita, esteve muito tempo conversando com a montanha. E a montanha quanto mais escutava as palavras de Waku mais iluminada ficava. Esta foi a proposta do animador do dia: "A montanha da nossa vida, a montanha da nossa Assembleia, a montanha de nossa missão se iluminará cada vez mais com a nossa oração." 

No gramado se desenhou um mapa de África com pedras. Dentro do contorno do mapa cada participante colocou uma pedra trazida de seu país de origem. Este mapa representa a diversidade de terras, o solo comum onde assenta a aldeia global do nosso mundo. Ao realizar este gesto cada participante acolhe a diversidade das origens na unidade do único desígnio de amor de Deus para a humanidade. Na diversidade destas terras cresce o carisma marista. 

 

Partilhando nossos caminhos 

O primeiro encontro das pequenas comunidades no período da manhã foi dedicado a partilhar "a experiência da viagem feita para chegar a IIAIMM". Dentro deste itinerário deviam incluir uma experiência de solidariedade. Tratava-se de olhar para trás para estar consciente do fluxo da vida de nossas comunidades e províncias que estará presente nesta Assembleia através dos delegados. 

Damos de seguida alguns indicadores para termos uma ideia da contribuição feita no âmbito da preparação da Assembleia. Na fase local do processo de preparação participaram 21 unidades administrativas; formaram-se 1123 grupos em que 25.210 pessoas participaram. Os professores e educadores formaram 361 grupos em que 7.751 pessoas participaram. No processo, participaram também 140 fraternidades com um total de 1.617 pessoas. Os pais de família formaram 38 grupos onde trabalharam 569 pessoas. Também participaram de 191 comunidades de irmãos, com um total de 1.627 irmãos. Os jovens formaram 111 grupos com um total de 9.650 jovens. 

Na preparação também participaram outros grupos. Entre eles, grupos de espiritualidade, voluntariado, grupos de vida, os educadores, antigos alunos, equipes provinciais, unidades sociais. No total 305 que chegaram a 4.054 participantes. 

Após o intervalo, as pequenas comunidades se reuniram por regiões maristas para partilhar o que foi feito nas regiões para a preparação da Assembleia. O trabalho devia chegar a mostrar rebentos de vida e os sonhos que surgem na unidade administrativa. Todo este conteúdo devia ser apresentado na plenária da tarde, não tanto através de palavras, mas através de uma expressão gráfica. 

Iniciámos a tarde com a oração mariana. A Assembleia acompanhou Maria nos momentos-chave de sua vida, desde a Anunciação ao Pentecostes; depois uma Ave Maria era dita em diferentes idiomas. 

 

Um primeiro balanço 

A contribuição das experiências das pequenas comunidades da manhã foi partilhada na primeira hora da tarde com todos Maristas da mesma região. Deste modo, houve uma primeira aproximação das contribuições que o mundo marista fez chegar a esta Assembleia. Esta contribuição foi partilhada no plenário com todos os participantes através de uma apresentação gráfica. Estes cinco resumos sintéticos foram colocados diante da assembléia como um eco de todos continentes. Ele foi concluída e um tour começou com a reflexão de itinerário pessoal, a turnê, então provincial e, finalmente, os progressos realizados na região.

Após a exposição realizada no plenário, deu-se tempo para reações espontâneas sobre cada uma das apresentações. Pouco a pouco descobrimos por onde vai a sensibilidade dos assistentes em relação às grandes questões; contudo, ainda estamos num momento de aproximação. 

De seguida houve trabalho do pessoal e tempo de reflexão pessoal para ouvir a voz do Espírito. Neste tempo da tarde cada um é encorajado a escrever seu diário pessoal. A proposta feita aos participantes é de recolher as inspirações que o Espírito oferece a cada um, dia a dia. 

O dia de trabalho terminou com uma oração, agradecendo ao Senhor a mãe terra. A oração começa caminhando uma parte do caminho em silêncio; sublinhamos aqui o contato com a natureza. Convida-se os que o desejam a trilhar este caminho de pés descalços. Caminhamos até um lugar onde se coloca a pedra que cada um trouxe do seu país. Essa pedra está carregada de história, sonhos, dons e talentos, como parte de uma oferta. Ao longo do caminho são executados dois gestos. O primeiro, tomado da cultura andina é a construção comunitária do que os indígenas chamam de "apacheta". Em partes significativas da estrada cada um deposita uma pedra para se lembrar de algo importante, uma direção, um evento, uma lembrança. Esta construção tem o valor adicional pelo facto de ser uma realização em comunidade. Este gesto começa com a leitura do texto em que Jacob se levanta cedo e tomou a pedra sobre a qual descansou quando dormia; depois coloca essa pedra como um sinal da visão que tinha tido derramando óleo sobre ela. Com este gesto, os participantes a esta Assembleia são convidados a "deixar marcas, a deixar um sinal nesta abençoada terra da IIAIMM". 

O segundo ato consistiu em cavar um buraco no chão e "com a permissão da Terra Mãe " cada um ofereceu grama, cereal e bebida para a "pachamama" (Terra Mãe); numa atitude de gratidão devolvia-se à terra o muito que ela nos dá. Cada oferta expressa o "desejo de multiplicar os dons divinos que recebemos." E fazer este gesto em comunidade expressa um "compromisso com a justiça feita de ternura abundante para os mais pobres." 

O dia termina com uma festa folclórica, gastronómica, com artesanato e manifestações culturais dos povos da América, onde Maristas estão presentes. 

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AMEstaún, 18 de setembro

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