22 de setembro de 2014 QUêNIA

II Assembleia Internacional da Missão Marista

Este dia foi dedicado a aprofundar o segundo apelo do XXI Capítulo Geral, que pede uma nova relação entre Irmãos e leigos. A proposta de trabalho desse dia foi um convide a acolher, acompanhar e fazer com que cresça juntos esse presente de Deus.

 

Nova relação Irmãos e leigos

A motivação do trabalho dos participantes ficou a cargo do Ir. Joe McKee, Vigário Geral, que ajudou a Assembleia a refletir sobre o que significa uma relação “nova” de Irmãos e leigos baseada na comunhão. Na sua reflexão apresentou uma breve síntese histórica de como se entendeu e viveu a relação no Instituto. Usando slogans que surgiram em cada período, desde1962, o Ir. Joe se referiu a uma relação que iniciou com os leigos que prestavam serviços aos Irmãos, até que o Instituto descobriu que era uma missão partilhada, que lhes convidava a se sentarem em torno da mesma mesa.

“A comunhão entre Irmãos e leigos é um ideal que almejamos”, frisou o Ir. Joe. O essencial é que nos encontramos reunidos embaixo da árvore do mesmo carisma e nos sentimos chamados por Deus para dar uma resposta vocacional. A vocação marista consagrada ou laical exite um modo novo de seguir a Jesus Cristo. Alguns leigos e leigas desejam ser reconhecidos como maristas. Diante disse se pergunta o Vigário geral: Como conhecer as vocações leigas maristas? Responder a essa pergunta é umas das tarefas pedidas a esta Assembleia.

Uma segunda reflexão do Ir. Joe propôs a mudança de paradigma para entender a relação como comunhão. Durante muito tempo o pensamento viu o Instituto como centro e tudo girava em volta dele: seu dinamismo, sua perenidade, etc. A mudança de paradigma exige de nós contemplar “o carisma como o centro”, afirmou. Os filhos de Marcelino, os Irmãos, são a primeira expressão desse carisma. Todavia existem tantas outras. E concluiu afirmando que “hoje são necessárias expressões que reconheçam também a presença do carisma nos leigos”. A celebração dos 200 anos da fundação do Instituto é uma oportunidade para um novo início, talvez com formas diferentes, porém com um futuro marista comum.

 

Testemunhos

A Assembleia ouviu, através de um vídeo, o testemunho da família formada por Rodrigo Sánchez e Estela Rodríguez, junto com seus filhos Josué e Lucía (nascida há poucos dias), que se comprometeram pro um período de três anos com o Distrito Marista da Ásia. Atualmente esta família mexicana forma parte de uma comunidade marista em Camboja e presta seus serviços no campo da saúde (Estela) e da educação (Rodrigo).

Ana Saborío (América Central) sublinhou seu vínculo com os Irmãos através de sua participação nas obras da Província e a profunda comunhão com o carisma marista que move seu coração.

O Ir. Artur Buet (Cruz do Sul) apresentou uma rápida panorâmica da presença da comunidade marista de Fraile Pintado (Jujuy), Argentina, nascida como resposta ao pedido do XX Capítulo geral de “armar a tenda, partilhar a vida Irmãos e leigos e percorrer caminhos solidários juntos”.

Estes testemunhos apresentaram à Assembleia “ a vivencia e os desafios dos Irmãos e leigos diante do futuro do carisma marista”.

 

Dinâmica dos 5 lugares

A reunião da tarde começou com uma oração mariana preparada por alguns representantes da Ásia.

O plenário da tarde começou com uma projeção que convidou aos participantes a aguçar o olhara para descobri onde é possível ver a Deus. O Ir. Tony Leon, com sua habilidade artística, ajudou a Assembleia a aprimorar o olhar, fazendo um exercício de “paraidolia”, ou seja, de encontrar significado nas imagens. A atividade sugerida à Assembleia foi a de ver “sinais de Deus na comunhão Irmãos e leigos”. Com essa proposta deu-se início à dinâmica de descobrir onde Deus fala hoje ao Instituto. Para isso foram propostos cinco temas concretos: espiritualidade, fraternidade, missão, vocação e associação – organização.

Cada um dos participantes escreveu num papel sua contribuição, depois de ter dialogado com outra pessoa, e o colocou numa folha preparada para cada um dos temas. Foram eleitas duas pessoas que elaboraram a síntese das contribuições e partilhando-as com os participantes. Nessa síntese foram repetidas algumas referencias, especialmente sublinhando com força a necessidade da formação conjunta e a constituição de comunidades de fé, significativas, acolhedoras, proféticas que sejam referencia para acompanhar a formação de Irmãos e leigos. Se caracterizou também a vocação como dom e resposta, a elaboração de um projeto de vida para os jovens e a criação de associações para leigos que manifestem sinais evidentes de pertença.

Em seguida, deu-se voz às reações daquilo que se escutou para partilhar com a Assembleia. Nesse momento se destacou a chamada que Deus nos faz a defender os direitos das crianças com estruturas eficientes, a necessidade de chegar a uma estrutura para associados maristas que reconheça a pertença. Toda essa larga e interessante reflexão foi concluída com um tempo de interiorização para elaborar o próprio diário.

 

Celebração da comunhão

A celebração da comunhão de Irmãos e leigos esteve sob a responsabilidade dos delegados da Província de l’Hermitage, que sugeriram uma oração com vários hinos bizantinos dedicados à Maria e a leitura da Palavra em grego. Na motivação dessa celebração afirmou-se que “ser hoje seguidores de Cristo segundo o estilo de Champagnat significa comprometer-se com as três dimensões fundamentais cristãs e maristas: a missão, a vida partilhada e a espiritualidade”.

Depois da janta, houve um momento festivo, intercultural, animado pela banda musical do MIC, com cantos e ritmos africanos.

Dessa forma, concluiu-se um dia cheio de novidades e com uma grande riqueza de temas que permeiam o ambiente da Assembleia.

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AMEstaún, 20 de setembro.

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