23 de dezembro de 2020 CHILE

O Vigário geral destaca que o desafio da educação é “escutar, entender e propor”

“Como sociedade, como Maristas, não deixemos roubar a escola. A escola tem um valor em si mesma, que tem a ver com a raiz ética do que significa educar. Creio firmemente que temos uma belíssima tarefa, não somente para este século, senão para os séculos seguintes”, afirmou o Ir. Luís Carlos Gutiérrez, Vigário geral, durante sua participação no terceiro Seminário de Aprendizagem e Serviço (A+S), organizado pelo Setor Marista do Chile, em parceria com a Província Marista do México Central e com a Rede Coração Solidária, com o tema: “Conecta-te a A+S: uma resposta pedagógica em tempos de crise”.

A+S é uma metodologia que permite vincular conteúdos curriculares com ações de serviço social. Traduz-se em projetos que combinam a intencionalidade pedagógica com os objetivos solidários. No encontro, realizado através do Zoom, participaram irmãos e leigos educadores, desde o nível pré-escolar até o nível universitário de diferentes países da Região Arco Norte, América Central e América do Sul.

O Seminário teve como objetivo identificar e analisar o método ativo Aprendizagem-Serviço, valorizar a experiência de A+S e integrar os valores da solidariedade e responsabilidade social/cidadã nos estudantes.

Entre os expositores, o Ir. Luís Carlos Gutiérrez abordou o tema “Desafios da educação escolar no século XXI”; Xus Martín (doutora em educação) tratou o argumento “Para quê A+S em tempos de crise?”; Veleria Romero (educadora marista) falou sobre “Trabalho em grupos reflexivos: Respostas aos problemas sociais a partir do A+S”; Chantal Jouannet (psicóloga) expôs “A+S uma das respostas para a construção de novas realidades”. Além das exposições também houve a apresentação de 18 trabalhos e projetos com intervenções de facilitadores do México, Chile, Argentina e Bolívia.

Apresentação do Ir. Carlos Gutiérrez

O Vigário geral do Instituto Marista destacou que não podemos falar de escola e de educação no século XXI “sem deixar de escutar os gritos das crianças e jovens que continuam ressoando nas portas, no interior e fora de nossas escolas. E a pergunta que eu gostaria de fazer a vocês que apostam no serviço, e também a mim, é: escutamos? Ouvimos esses gritos? Propomos alguma coisa? Eu creio que isso é fundamental. E a metodologia que discutimos agora é “escutar, entender e propor”, e isso provoca uma mudança importante em nossa atitude na hora de responder às necessidades de nossas comunidades e as necessidades das crianças.”

Ao falar sobre o futuro das escolas, o Ir. Luís Carlos destacou que “a educação a distância, online ou remota, chegou para ficar, e isso não é somente um efeito da pandemia. Em alguns lugares os professores de um centro começaram a partilhar suas aulas com companheiros de outros centos. E os alunos tiveram a oportunidade de ouvir outros professores. Temos que ser sábios em fazer isso e ser mais segmentados.” Antes de concluir sua apresentação, o Ir. Luís Carlos disse: “Certamente, a história nos moldou, mas podemos mudar também a história, e isso é o que queremos fazer.

Veja, através deste link, a intervenção completa sobre “Desafios da educação escolar no século XXI.”

Espaço digital

O encontro foi também uma oportunidade para apresentar a página web A+S, um espaço digital que permitirá partilhar testemunhos, recursos, planejamentos e projetos de aprendizagem serviço, permitindo conectar os educadores da América com o desafio de continuar tecendo redes através da formação em solidariedade e direitos humanos.

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