25 de outubro de 2004 ITáLIA

QUEM NOS MATA, MATA O FUTURO

No dia 18 de outubro, na sala do Montecitorio (Sede do Parlamento Italiano), crianças de uma escola multi-étnica de Roma acolheram 200 mulheres parlamentares representando 107 países do mundo. Elas deram as boas-vindas com essas palavras: ?Nós vos lembramos que quem nos mata, mata o futuro.? O Presidente da República italiana dirigindo-se aos parlamentares comentou uma frase que se tornou um refrão para nós maristas: ?As crianças não pedem senão para ser amadas.?
A convocação da ?Conferência mundial das mulheres parlamentares para a proteção da infância e da adolescência? foi uma bela iniciativa. É lamentável que a poesia do encontro tenha dado lugar à dura realidade dos indicadores. Os dados revelados pela UNICEF ressoaram muito forte na sala, dando a impressão de um relatório de uma verdadeira guerra declarada pelos adultos contra as crianças, nesses últimos anos.
547 crianças morrem cada dia nas guerras: uma a cada dois minutos e meio.
10.000 crianças são mortas cada ano por minas: 27 por dia.
5.000.000 dessas crianças ficam feridas ou mutiladas.
20.000.000 se refugiaram durante esses últimos anos .
300.000 são soldados, mesmo tendo menos de 15 anos.
Habituados como somos a ouvir os indicadores das indústrias e dos estados, esses dados que acabamos de apresentar parecem pequenos. Mas é necessário precisar uma coisa: aqui não se trata apenas de cifras, mas de pessoas, de seres humanos dos quais depende o futuro da humanidade.
Marcelino Champagnat acrescentaria que para salvá-las, Jesus não hesitou em dar sua própria vida por elas.

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